ESSA É UMA LIÇÃO PARA NÓS MULHERES!!!
Quanto tempo você fica sem comprar algum item, que não seja alimento ou realmente necessário? Você tem quantos itens desses que você costuma comprar? Faça a si própria essas perguntas e analise bem se você pode ou não ser uma pessoa consumista. Ou se não conhece ao menos uma pessoa que seja.
É inevitável às vezes comprar objetos ou vestimentas porque achou bonito ou interessante, mas quando essa vontade sai do controle, é porque algo está errado. Será que o consumista compra devido à sua infelicidade em algo na vida e precisa comprar sempre para ser feliz?
Consumistas
"Mesmo não precisando de nada, a vontade de ter e precisar ter é muito grande. Quando saio do shopping ou dou uma volta no centro preciso ter uma sacola na mão com qualquer coisa dentro", quem assume é a cabeleireira e maquiadora Ana Cláudia Iatarola, de 24 anos.
Ela adora comprar quase tudo! Sapatos, maquiagem, roupas, cintos, cosméticos, enfeites decorativos, revista... E ao fim do mês, Ana Cláudia contabiliza ao menos 60 compras - uma média de duas compras por dia. A dívida? "Depende da ocasião, quando tenho alguma festa que requer uma vestimenta melhor, gasto mais. Uns R$500 é a média quando há eventos no mês. E é só uma parcela do total! [risos]", relata ela, que gasta em torno de 300 reais em parcelas quando não há ocasiões especiais.
Outra consumista assumida é Priscila Silva, jornalista de 26 anos, que gosta de comprar roupas e calçados. "Fico imaginando o item até conseguir comprar, mas estou tentando controlar isso, pois não me faz bem. Nos últimos dois meses, só compro quando posso pagar à vista", afirma. Ela diz que, quando compra esses itens, gasta em média 300 reais também ao mês, mas está se controlando e comprando conforme seu orçamento mensal.
E não é só mulher que sofre com o consumismo... O consultor de tecnologia Guto Guimarães, de 31 anos, é também "nerd" assumido e adora comprar produtos de tecnologia. "Toda compra que eu faço me leva à outra compra de alguma forma. E essa à outra e por aí vai", conta. Os itens que ele mais compra são eletrônicos e similares, e "colecionáveis de vez em quando". Ele estima que a média de gasto mensal com tecnologia é de 200 reais. Quando não compra algo, fica imaginando que pode ter perdido promoções e ofertas: "Tenho a impressão que vou perder a promoção e levarei um bom tempo até que consiga comprar novamente, ou que o item vai sair de estoque e nunca mais voltar".
Publicidade
A publicidade está cada vez mais presente em nosso dia a dia e os produtos sempre se modernizam e se transformam. É a partir dessas novidades também que as pessoas se tornam consumistas. Embora haja aquelas que entram em dívidas por não controlar essa vontade...
O publicitário e professor universitário Renato Frigo revela como são feitas as propagandas. "É feita muita pesquisa para entender a cabeça e os desejos desse público-alvo, planejando assim cada ação dentro de uma estratégia predefinida e aprovada pelas empresas", explica.
Ele afirma que as mulheres, em geral, são as mais suscetíveis ao consumo: "Podemos definir que as mulheres são mais emotivas na hora ao decidir comprar ou não, enquanto os homens são mais práticos e objetivos, por isso elas são alvos da maioria dos lançamentos".
Entretanto, Renato lembra que as mudanças sociais interferiram no aumento do consumo atualmente. "O consumo sofre constantes transformações que são reflexos de mudanças sociais. Até a década de 80 tínhamos o homem como principal provedor do lar e hoje esse papel pertence também a muitas mulheres, então o poder de decisão de compra está quase que totalmente nas mãos femininas", diz.
Psicologia
A terapeuta comportamental Ramy Arany explica, conforme a psicologia, o porquê de as mulheres serem as mais consumistas. Ela diz que apesar de ter influência da publicidade, o consumismo feminino geralmente vem do comportamento e de características em comum nelas. "A mulher se preocupa mais com sua aparência e com a opinião dos outros. Ela gosta de impressionar, de aparentar estar sempre atual e estende isto para a casa, para a família, para o trabalho, e para toda sua vida".
Os momentos de tristeza, então, são os piores para as pessoas consumistas. "É comum que a mulher, quando está triste, ir a uma loja e comprar algo para si, mesmo que não precise e isto já a deixa feliz", afirma Ramy.
Para evitar esse comportamento mais emocional que racional, tanto de mulheres quanto de homens consumistas, Ramy Arany dá algumas dicas:
- Se você está triste por algo que lhe aconteceu, comprar alguma coisa que lhe faça feliz é importante porque funciona como compensação emocional e ação antidepressiva, mas atente-se à sua situação financeira antes de se fazer um agrado;
- Observe suas tendências em relação à compulsão por comprar coisas e peça ajuda de um psicólogo ou terapeuta caso perceba que ela já está fora de seu controle;
- Busque desenvolver atividades que levem você ao autoconhecimento e crescimento pessoal, tornando-se uma pessoa mais profunda;
- Há também a questão ambiental... Note a utilidade do que você está comprando, caso contrário, você será mais uma a contribuir com o lixo planetário;
- Não permita que você seja alvo das estratégias do mercado consumista, reflita suas reais necessidades e situação financeira após sentir vontade em comprar algo;
- Você não precisa possuir muitas coisas para ser feliz ou ficar de bem com a vida, pois as pessoas devem apenas necessitar as coisas essenciais, como o equilíbrio de suas emoções e vida - que não dependem de consumir, e sim do seu poder de autocontrole para chegar ao equilíbrio.
Lembre-se: Consumir algo que você não precisa é natural e pode te satisfazer, mas excessivamente leva ao consumismo - aí sim algo problemático que deve ser evitado. Sua conta bancária e o meio ambiente agradecem!
